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A Cura nos Conventos

 

Quando nos detemos no Património Monumental português, somos, de imediato, levados a destacar a forma como os Mosteiros/Conventos/Abadias marcam a paisagem, tanto rural como urbana - Stª Maria das Júnias, S. Cristóvão de Lafões, Stª Maria de Alcobaça, São João de Tarouca, Convento de Cristo, Jerónimos…

Não deixa de ser impressionante que aqueles que quiseram fugir do mundo tenham construído os mais imponentes complexos arquitectónicos da Idade Média.

Este paradoxo resulta precisamente da forma como se foi estruturando a vida monacal e que, arquitectonicamente, se expressa no Convento como resultado da satisfação de todas as necessidades de uma comunidade que procurava a sua autossuficiência.

Em termos planimétricos, vai havendo sucessivos acertos até se atingir uma funcionalidade e um paradigma que tem na igreja e nos claustros os seus pontos axiais.

A cartografia de todas as dependências compatibiliza a necessidade do silêncio com a inevitabilidade do ruído. A lógica da localização dos diferentes espaços hierarquiza e articula todas as funções, circulações e conexões. A arquitectura monástica, tendo subjacente as Regras e os estatutos das Ordens, acaba por ser a expressão de um grande ideal de vida que parte da proposta primigénia ora et labora.

A Enfermaria e a Botica ganham lugar próprio. Autonomizando-se funcionalmente, equipam-se e apetrecham-se com toda a panóplia de instrumentos e de matérias-primas, fazendo do Jardim de plantas medicinais um espaço presente em praticamente todos os mosteiros porque era aí que se encontravam grande parte dos antídotos galénicos para os males que era necessário curar.

 É interessante sobrepor as plantas de conventos medievais, com excepção dos Cartuxos (São Bruno), verificar como elas se modelam e constatar o papel matricial desempenhado pelo modelo beneditino de Saint-Gall.

Neste modelo, o núcleo da enfermaria ocupava uma área significativa a Nordeste da Capela-Mor. É um verdadeiro complexo em que podemos localizar a Enfermaria com um claustro, a Casa dos médicos, a Casa da sangria, uma Sala aquecida, o Dormitório, uma Sala para os enfermos graves, um Balneário, a Cozinha da enfermaria, o Refeitório, uma Capela e, naturalmente, o Jardim de plantas medicinais.

Adoptado pelos cluniacenses, este modelo dispersa-se, mas foi, sobretudo, a partir de Citeaux e Clairvaux, na sequência da revolução dos monges brancos, geradora dos cistercienses e templários, que se vai disseminar por toda a Europa, impondo-se pela sua eficácia e funcionalidade até ao século XVIII.

A botica e enfermaria do convento franciscano de Mafra, século XVIII; evidenciando já algumas inovações, apresenta, no entanto, a persistência de muitas das lógicas funcionais que foram demonstrando a sua eficácia ao longo dos tempos. 

M.P

Oração a São Cosme e São Damião

 

Oração a São Cosme e São Damião

 Remédio para aproveitarem os medicamentos e para o sofrimento das dores de que são advogados São Cosme e São Damião

Deus, e omnipotente Senhor, que curastes com o antídoto do vosso sangue os vossos servos São Cosme e São Damião, livrando-os da enfermidade do pecado: concedei-nos propício, que pelos seus merecimentos sejamos livres de todo o mal e confortados, e alimentados com a medicina do vosso precioso sangue cheguemos a lograr verdadeira vida na vossa presença. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.

 

 

Oração a São Brás

 

Oração a São Brás

Remédio eficaz para os perigos da garganta, e confiança nos tormentos, de que é advogado São Brás.

 Deus, e Senhor, que nos alegrais com a anual celebridade do vosso bem aventurado Mártir, e Pontífice São Brás, concedei-nos propício, que por tua intercepção, e confiança nos tormentos nos livreis dos perigos, e enfermidades do corpo, e da alma, para que livres, e desembaraçados vos vamos louvar nessa glória para sempre. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.

 

 

Convento de Cristo / Igreja do Castelo Templário
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